Au Lapin Agile é um famoso cabaré situado perto da Basilique du Sacré-Cœur e uma das grandes atrações parisienses desde a Belle Époque. Originalmente, era chamado “Cabaret des Assassins”, por causa de um bando de assassinos que invadiu o cabaré e matou o filho do proprietário.
O cabaré já funcionava há 20 anos quando, em 1875, o artista André Gill pintou no local a imagem de um coelho saltando de uma panela, que os frequentadores passaram a chamar “Le lapin à Gill” (“o coelho de Gill”), e um trocadilho homófono gerou o seu nome permanente, “Au Lapin Agile” (o coelho ágil).
No fim do século XIX, o Au Lapin Agile era o local favorito de artistas e escritores em início de carreira, entre eles Picasso, Modigliani, Apollinaire e Utrillo. O cabaré também era frequentado por cafetões, personagens excêntricos, grupos de anarquistas e alunos do Quartier Latin, entre burgueses bem vestidos à procura de diversão.
Para evitar sua demolição Aristide Bruant, famoso “chansonnier populaire” o adquiriu e poucos anos antes de sua morte, em 1922, o vendeu para um discípulo. A pintura a óleo de Picasso de 1905, “Au Lapin Agile”, ajudou a elevar o cabaré à fama internacional. Ele aparece também em diversas telas de Maurice Utrillo.
Em 1993, o ator comediante americano Steve Martin escreveu uma peça, Picasso at the Lapin Agile, que virou um filme de muito sucesso nos Estados Unidos. O filme encenava um hipotético encontro entre Pablo Picasso e Albert Einstein no Lapin Agile.
O cabaré, com suas mesas de madeira há décadas marcadas com as iniciais de quem passou por lá, apresenta canções tradicionais francesas que chegam a datar do século XV.