Na área em que está situada esta avenida, até o início do sáculo XVII havia campos com pequenas plantações conhecidos na época como “Champs-Élysées”, denominação que na mitologia grega corresponde ao paraíso, até que em 1616 Marie de Medici decidiu estender o Jardin des Tuileries com uma avenida arborizada. Num mapa de 1724 já se vê a Grande Avenue des Champs-Elisées que avança para o oeste de Paris a partir da Place du Pont Tounant, depois chamada Place Louis XV, Place de la Revolution e hoje Place de la Concorde.
A Place Louis XV foi cercada por belos palácios. Num deles, o suntuoso Hôtel de Crillon, a rainha Marie Antoinette reunia seus amigos e recebia aulas de música. Foi também nessa praça, em frente a esse palácio, que a rainha foi guilhotinada durante a Revolução Francesa.
No fim do século XVIII, a Avenue des Champs Élysées ganha fama pela beleza da arborização realizada com tílias. Em 1828 a avenida passou a ser propriedade da cidade em 1828, quando foram adicionadas calçadas, fontes e iluminação a gás.
Atualmente, a Avenue des Champs-Élysées é uma das mais famosas de mundo e um dos principais destinos turísticos de Paris, não só pela impressionante arquitetura dos edifícios do século XVIII e XIX e pelo sofisticado comércio, mas também porque integra o monumental Axe Historique, Eixo Histórico, uma impressionante perspectiva urbana que começa em frente ao Louvre, no Arc de Triomphe du Carrousel, passa pelo Obelisque de Louxor, pelo Arc de Triomphe de l’Étoile e se prolonga até o Arche de la Défense.
Ao longo da avenida ou muito próximos estão reunidos alguns edifícios históricos de arquitetura magnífica como o Théâtre Marigny, de 1894, o Grand Palais e o Petit Palais, de 1900. A pouca distância está o Palais de l’Élysée, do início do século XVIII, palácio presidencial.
A arquitetura recorrente ao longo da via remete ao estilo de Haussman, o famoso “artista demolidor” a cujo nome está associada a reurbanização de Paris durante o século XIX. Ao caminhar pela via arborizada, pode-se até encontrar um teatro de marionetes ao ar livre para crianças, uma tradição francesa que atravessa gerações.
Em 1855, de maio a outubro, a avenida recebeu a Exposition Universelle des produits de l'Agriculture, de l'Industrie et des Beaux-Arts de Paris, que em apenas seis meses recebeu mais de cinco milhões de visitantes e teve importância mundial, com a participação de 25 países.
Todos os anos, no dia 14 de julho, dia da Queda Bastilha, através da Champs-Élysées se desenrola o maior desfile militar da Europa, assistido pelo Presidente da República Francesa e por grande multidão.