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Canal Saint-Martin

Canal romântico e bairro com uma vibrante cena artística

imagem do Canal Saint-Martin - slide 1

Jorge Láscar

O Canal de Saint-Martin tem 4,55 km e liga o port de l’Arsenal (um pequena marina de Paris, que comunica com o rio Sena) ao bassin de la Villette . Para percorrê-lo, os barcos passam sob duas pontes, nove eclusas (25 m de desnível) e um longo trecho coberto.

Da extremidade norte do canal os barcos entram pela eclusa dupla da Villette, situada na place de la Bataille-de-Stalingrad a céu aberto, com o quai de Valmi de um lado e o quai de Jemmapes do outro. Mais adiante, o canal é coberto a partir do boulevard Jules-Ferry (cobertura de 1907), passando pelo boulevard Richard Lenoir chega à place de la Bastille (cobertura de 1862) e deságua no port de l’Arsenal.

A construção do canal foi determinada por Napoleón em 1802, quando ocupava o cargo de Premier consul , com o objetivo de abastecer Paris, cuja população estava crescendo rapidamente, e para evitar doenças como a disenteria e a cólera, provocadas pelas águas contaminadas. A obra atravessou os reinados de Louis XVIII (1814-1815) e Charles X (1824-1830) que inaugurou o canal no dia 4 de novembro de 1825.

Do início do século XIX até meados do século XX o Canal de Saint-Martin teve um papel muito importante para o transporte de alimentos, materiais de construção e outras cargas, mas desde a década de 1960, com a ascensão dos transportes terrestres, o tráfego de barcos caiu muito, consequentemente, muitas fábricas, oficinas e armazéns dá área foram fechados. Por volta de 1970 o canal quase foi coberto para dar lugar a uma estrada. Felizmente o projeto foi abandonado e, desde 1993, o Canal de Saint-Martin foi tombado como monumento histórico.

Hoje em dia, o entorno do canal oferece uma atmosfera bucólica e romântica para turistas e parisienses que por ali passeiam ou navegam passando pelas eclusas e sob as pontes. Outra atração são os muitos restaurantes e bares.

Como parte da operação “Paris respire”, organizada pela cidade de Paris, as margens são fechadas para o tráfego nos domingos e feriados das 10 às 18 horas, e, no verão, até às 22 horas, o que favorece a reapropriação das vias pelos pedestres e ciclistas.