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Colonnes de Buren - Les deux Plateaux

Instalação de arte contemporânea no pátio do Palais Royal

imagem do Colonnes de Buren - Les deux Plateaux - slide 1

Piero d'Houin

Esta instalação é obra do artista Daniel Buren e ocupa uma área nobre do palácio que antes era utilizada como estacionamento de automóveis oficiais do Ministério da cultura e do Conselho de Estado. Ela ocupa os 3.000 m² do pátio com 260 cilindros truncados revestidos com tiras brancas e negras de 8,7 cm. Adquirem assim aspecto de colunas e geram um efeito dinâmico com as alturas que variam de 8,7 a 62 cm.

As colunas foram construídas com materiais nobres: mármore de Carrara e mármore branco e preto dos Pirineus. Estão alinhadas e parecem colocadas sobre um tabuleiro de xadrez. A obra foi realizada em dois níveis. Há uma relação entre esse plateau térreo e o subsolo, segundo plateau, que pode ser observado através de uma grade, onde há um espelho de água corrente e o artista instalou outras colunas. À noite, com a iluminação integrada ao projeto a obra provoca uma sensação estética futurista.

O público se apropriou das colunas de maneira lúdica, sentando nelas, subindo, pulando etc., em contraste com a austeridade e solenidade do vizinho Conselho de Estado. O ritual de atirar moedas na coluna central do nível subterrâneo foi logo estabelecido pelos turistas, supondo-se que se a moeda lançada cair sobre o topo da coluna algum desejo poderá ser realizado.

A ideia de acabar com o estacionamento e instalar uma obra de arte no local foi do Ministro da Cultura, Jack Lang, em 1983. No mês de julho de 1985 os três projetos selecionados foram e apresentados ao presidente François Mitterrand, que escolheu o Deux Plateaux de Daniel Buren. Logo se formaram grupos contrários e favoráveis ao projeto e teve início a uma verdadeira guerra alimentada por centenas de artigos, abaixo-assinados que opunham figuras de proa da intelectualidade francesa, processos judiciais, embargos etc. Em pleno confronto, a obra foi inaugurada no dia 30 de julho de 1986, os embates jurídicos, porém, terminaram somente em 1992.