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Grand Palais

Espaço de exposições e museu com uma impressionante estrutura de vidro

imagem do Grand Palais - slide 1

Gérard Ducher

imagem do Grand Palais - slide 2

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imagem do Grand Palais - slide 3

Ștefan Jurcă

O Grand Palais des Beaux-Arts, comumente conhecido como Grand Palais, é um enorme palácio destinado a exposições, apresentações de dança, concertos, performances artísticas e diversas outras manifestações culturais e esportivas.

O palácio começou a ser construído em 1897 para a Exposition Universelle de 1900, ao mesmo tempo que o Petit Palais e a Ponte Alexandre III, e tomou o lugar do Palais de l'Industrie de 1855, que fora demolido após a exposição daquele ano, como era costume. “Monumento consagrado pela República à glória da arte francesa”, como se lê em um de seus frontões, era dedicado às grandes manifestações artísticas oficiais da capital.

O espaço principal do Grand Palais tem quase 240 metros de comprimento, foi construído no estilo proposto pela École des Beaux-Arts de Paris, refletindo a predileção por fachadas em pedra esculpida. O uso de técnicas inovadoras para a época, tais como a estrutura em ferro e em aço leve, o uso de concreto armado e a abóboda de vidro, necessária para prover iluminação a lugares amplos antes de era da eletricidade, foram inspirados no Crystal Palace de Londres.

A concorrência para escolher o arquiteto foi acirrada e controvertida, o contrato acabou sendo outorgado a um grupo de quatro profissionais, Henri Deglane, Albert Louvet, Albert Thomas e Charles Girault, cada um com uma responsabilidade específica. O exterior deste monumental palácio combina uma imponente fachada clássica em pedra com detalhes em ferro trabalhado, típicos da Art Nouveau, e uma série de conjuntos de esculturas realizadas pelos artistas Paul Gasq, Camille Lefèvre, Alfred Boucher, Alphonse-Amédée Cordonnier e Raoul Verlet. No topo de cada ala da fachada principal há uma colossal quadriga em bronze, autoria de Georges Récipon. A quadriga do lado da avenue des Champs Élysées representa a “Imortalidade prevalecendo sobre o Tempo”, e a do lado do rio Sena a “Harmonia triunfando sobre a Discórdia”.

A inauguração do Grand Palais aconteceu em 1º de Maio de 1900 e desde então recebeu diversos tipos de performances artísticas e esportivas além de exposições de arte, automóveis, aviação e eletrodomésticos. De 1901 a 1957 recebeu anualmente um campeonato de equitação.

Dentre as mais importantes exposições apresentadas no palácio, a primeira grande retrospectiva póstuma da obra de Henri Matisse aconteceu em setembro de 1970 e alcançou um sucesso surpreendente.

O palácio serviu de hospital militar durante a Primeira Guerra Mundial, com mil camas, duas salas de operação, um centro de reabilitação onde várias técnicas inovadoras para a época eram aplicadas, e ainda havia espaço para a arte: os pintores e escultores que não foram convocados para a guerra dedicaram-se a decorar os quartos do hospital e a fazer moldes para as próteses.

Durante a Segunda Guerra Mundial, ao ocuparem a França, os nazistas utilizaram o palácio como depósito de caminhões e em seguida para duas exposições de propaganda nazista.

Parte do Grand Palais destina-se a um Museu de Ciências onde há exposições relacionadas com as ciências exatas, o Palais de la Decouverte, criado na primeira metade do século XX pelo nobel da física Jean Baptiste Perrin.