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Hôtel de Cluny

Mansão medieval que abriga o Musée de Cluny

imagem do Hôtel de Cluny - slide 1

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O Hôtel de Cluny foi construído em grande parte sobre importantes ruinas dos banhos públicos galo-romanos que datam do século III, conhecidas atualmente como Termas de Cluny.

Em 1340 o abade Pierre de Châtelus adquiriu as antigas Termais Galo-Romanas de Lutécia (nome de Paris no período de dominação romana) para a ordem monástica de Cluny e construiu um edifício para os abades. Mais tarde, entre 1485 e 1510, Jacques d'Amboise, novo abade de Cluny, mandou ampliar o palácio. Esse é o edifício que vemos hoje, magnífico exemplo da arquitetura medieval em Paris, que combina elementos góticos e renascentistas. O brasão de Amboise decora as janelas da fachada.

Em 1515, quando ficou viúva do rei Louis XII de France, a jovem rainha Maria Tudor, irmã de Henrique VIII da Inglaterra, residiu aqui durante quarenta dias, observada atentamente pela corte para saber se não estava grávida, o que colocaria em questão o direito de sucessão do futuro rei François I er . No século XVII o Hôtel de Cluny serviu como nunciatura para o representante do Papa em Paris. Durante a Revolução Francesa o palácio foi confiscado e passou a ter usos diversos.

Em dezembro de 1832, Alexandre Du Sommerard, conselheiro do Tribunal de Contas e erudito colecionador de arte medieval, se instalou no Hôtel de Cluny e levou sua grande coleção de objetos medievais e renascentistas.

O arquiteto Albert Lenoir restaurou o palácio e os vestígios das termas. O Hôtel de Sully foi classificado como monumento histórico em 1846 e as termas em 1862. O palácio é o mais antigo exemplo de mansão construída em Paris entre um pátio e um jardim. Seu estilo arquitetural predominante é gótico flamboyant. Os jardins foram reformados e recriam uma atmosfera medieval com plantas aromáticas que desafiam os sentidos do visitante.