Institut de France

Este palácio foi construído entre 1662 e 1688, com projeto do notável arquiteto Louis Le Vau, para abrigar o Collège des Quatre-Nations. Implantado na margem esquerda do Sena, em frente ao Louvre, o magnífico edifício reúne elementos dos estilos Barroco e Clássico e revela a influência do arquiteto e escultor italiano Bernini.

Ministro do rei, o Cardeal Jules Mazarin (1602-1661) registrou em seu testamento a vontade de fundar uma instituição – e para isso dotou boa parte de sua grande fortuna, que recebesse ao menos 60 gentis-homens nascidos nas províncias que haviam sido anexadas à França pela Paz de Vestfália (1648) e pelo Tratado dos Pirenéus (1659). Por isso o nome de Colégio das Quatro Nações. Como testamenteiro, Jean-Baptiste Colbert, o futuro ministro das finanças do rei Louis XIV, se encarregou de supervisionar a obra. A inscrição estampada na fachada –” JUL. MAZARIN S.R.E. CARD BASILICAM ET GYMNAS F.C.A M.D.C.LXI ” significa: Julio Mazarin, Cardeal da Santa Igreja Católica Romana, mandou construir esta igreja e este colégio em 1661.

Mazarin determinou também que o palácio recebesse sua biblioteca pessoal, na época a mais importante da Europa, com cerca de 40 mil volumes. Uma ala foi destinada a abrigar os livros e para ela foram transferidos os revestimentos de madeira e as magníficas colunas coríntias que decoravam a sala que a biblioteca ocupava no palácio de Mazarin.

A Bibliothèque Mazarine, com é conhecida, foi reaberta para o público em 1689. Cem anos depois, durante a Revolução Francesa, ainda que o Collège tenha sido suprimido, ela continuou funcionando sem grandes transtornos graças ao seu caráter público.

Depois da Revolução Francesa o Collège des Quatre Nations deu lugar ao Institut de France, fundado em 25 de outubro de 1795, que atualmente agrupa cinco grandes academias francesas: a Académie Française, fundada em 1635; a Académie des Inscriptions et Belles-Lettres, fundada em 1663; a Académie des Sciences, fundada em 1666; a Académie des Beaux-Arts, fundada em 1816; e a Académie des Sciences Morales et Politiques, fundada em 1795.

A sala de leitura foi cuidadosamente restaurada entre 1968 e 1974, e recuperou toda a aura de uma biblioteca histórica excepcional.