O Jardin des Grands Explorateurs, que parece um prolongamento do Jardin du Luxembourg, homenageia dois grandes exploradores: René Robert Cavelier de la Salle e Marco Polo.
O Jardim Robert Cavelier de la Salle presta homenagem ao explorador francês do século XVII que explorou os Grandes Lagos, o Golfo do México e o rio Mississippi, tendo reivindicado a bacia do Mississippi como território francês. O espaço está coberto de grama e canteiros de flores que emolduram as colunas e estátuas. As obras são de Charles Gumery, Gustave Grauk, Jean-Joseph Perraud e François Jouffroy, artistas do século XIX. Há playgrounds para crianças, várias mesas de pingue-pongue e numerosos bancos sombreados, numa atmosfera bucólica e tranquila, ótima para um descanso durante o passeio.
Certa noite, porém, essa tranquilidade foi interrompida. Por volta da meia-noite de 15 para 16 de outubro de 1959, depois de ter jantado na brasserie Lipp com um conhecido, François Mitterrand, ex-ministro e senador da Nièvre, voltava para sua casa na rue Guynemer quando suspeitou de um carro que o seguia de perto. O clima político era extremamente tenso por causa da Guerra de Independência da Argélia. Mitterrand mudou de trajeto e parou seu veículo, um Peugeot 403, na Avenue de l'Observatoire. Pulou a cerca do jardim e se dissimulou atrás de um arbusto. Enquanto corria para o outro lado, seu carro foi alvejado por 7 balas. No dia seguinte os jornais denunciavam o atentado e elogiavam a presença de espírito do político. Mitterrand se tornou líder da luta contra a extrema direita e em 1981 foi eleito presidente da França. O atentado até hoje é motivo de controvérsias envolvendo acusações de que não passou de uma encenação.