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La Coupole

Brasserie famosa em Montparnasse, conhecida por suas pinturas murais

imagem do La Coupole - slide 1

besopha

A brasserie La Coupole foi inaugurada em 20 de dezembro de 1927, por Ernest Fraux e René Lafon, com um nome que já anunciava a rivalidade com o café literário Le Dôme. Num ambiente Art Deco, a festa de abertura foi uma celebração memorável, com grande pompa, e os imensos estoques de champanhe foram insuficientes diante do grande afluxo de convidados

Entre os primeiros artistas e intelectuais a adotar o local, podemos citar Jean Cocteau, Joséphine Baker, Man Ray, ou Georges Braque. O poeta Louis Aragon foi enfeitiçado no La Coupole por Elsa Triolet, cunhada do poeta russo Vladimir Maïakovski, no dia 6 de novembro de 1928. Na década de 1930, oshabitués foram Picasso, Simone de Beauvoir e Jean-Paul Sartre, Sonia Delaunay, André Malraux, Jacques Prévert, Marc Chagall, Edith Piaf, entre muitos outros. Nas décadas de 1940 e 1950, era fácil encontrar Ernest Hemingway, Marlène Dietrich ou Ava Gardner.

Um dos patrimônios artísticos do La Coupole são os pilares, que foram decorados em 1927 em estilo Deco por 27 pintores. Dizia a lenda que eles haviam sido remunerados com bebidas, mas uma fatura encontrada em 1993 revelou o preço pago pelo trabalho: 23.000 francos da época. Entre os artistas, Alexandre Auffray, Isaac Grunewald, Louis Latapie, David Seifert. O retrato da dançarina Joséphine Baker, cercado por plumas de avestruz, é obra de Victor Robiquet.

Na década de 1980 a pintura de um dos pilares foi danificada por infiltração de água. Para escolher o artista que realizaria a nova decoração foi organizado então um rumoroso concurso, do qual participaram 25 pintores. Os clientes participaram da votação e foi escolhida a proposta de Ricardo Mosner. A salão do térreo foi tombado como monumento histórico por decreto de 12 de janeiro de 1988.

O La Coupole continua merece uma visita obrigatória, sobretudo para um animado jantar que evocará os momentos festivos dos melhores anos de Montparnasse e a atmosfera descrita por Hemingway em seu clássico livro Paris é uma festa. Os aniversários são um grande atrativo a cada noite, as luzes se apagam e a elegante brigada de garçons transporta um grande bolo iluminado enquanto entoa: "Isto é Paris! ".