Este monumento é uma homenagem a François Jean de La Barre, jovem de apenas 19 anos que em 1766, foi decapitado e queimado na fogueira por não ter saudado uma procissão religiosa católica em Abbeville.
Símbolo da luta pelo direito à laicidade, uma estátua com sua efígie foi erguida em frente à igreja do Sacré Coeur em 1905, mas em 1926 foi deslocada para a praça Nadar, um lugar discreto e menos perturbador para os fiéis.
Em 1941, durante o governo do marechal Pétain, que colaborou com o invasor nazista durante a Segunda Guerra Mundial, a estátua foi retirada e derretida.
Após muitos anos de luta os defensores da memória do cavaleiro de La Barre e do direito à laicidade conseguiram reunir os recursos para erguer uma nova estátua. Ela foi inaugurada na presença de algumas autoridades municipais no dia 24 de fevereiro de 2001 e até hoje é motivo de controvérsias. Muitos renegam a solução de compromisso adotada e querem que a estátua seja colocada bem à frente da basílica do Sacré-Coeur e seja refeita como a original, na qual o supliciado François Jean de La Barre aparece sendo queimado na fogueira, tendo aos pés o Dicionário Filosófico de Voltaire.