Desde que o rei Luís XIV mudou-se com a corte para o Palácio de Versalhes, em 1682, o Louvre ficou inacabado e praticamente abandonado. Em 1692, parte do edifício foi cedida para a Academia Real de Pintura e Escultura, que permaneceu ali por cerca de 100 anos. Foi durante a Revolução Francesa que um decreto da Convenção Nacional determinou a transformação do palácio em museu, para exibir as obras de arte pertencentes à nação e mostrar que o palácio, que fora propriedade de reis, agora pertencia ao povo.
No dia 10 de agosto de 1793 o museu foi inaugurado. Estavam expostas mais de 500 telas e esculturas, acervo formado por obras confiscadas da família real e de nobres que haviam fugido da revolução. Durante os fins de semana o público tinha acesso gratuito, nos outros dias as salas eram reservadas para os artistas que desejavam aperfeiçoar-se fazendo estudos ou cópias das grandes obras. Esse regime foi alterado em 1855.
Entre 1796 e 1801 o edifício ficou fechado para reformas. Com a ascensão de Napoleão passou a ser chamado Museu Napoleão e as coleções aumentaram consideravelmente graças às pilhagens de guerra. No entanto, quando Napoleão foi derrotado e partiu para o exílio, muitas obras foram devolvidas. Outras ficaram no Louvre, como a magnífica tela As Bodas de Cana, de Paolo Veronese, que corria sério risco de ser danificada caso fosse transportada de volta para Veneza.
Durante mais de dois séculos, sucessivas aquisições, doações e direitos de sucessão aumentaram as coleções. Atualmente o Louvre possui cerca de 400 mil itens, dentre os quais mais de 35 mil obras de antigas culturas e arte ocidental estão em exposição permanente. Em suas inúmeras salas estão expostas maravilhas de civilizações desaparecidas, como a do antigo Egito, a Grega antiga, a Etrusca e a Romana, assim como obras da Idade Média até 1848. Durante o fascinante percurso, o visitante se depara com grandes celebridades, como a Vitória de Samotrácia, a Vênus de Milo, a Mona Lisa, a coroação de Napoleão etc.