Inaugurada para a Exposição Universal de 1900, a ponte celebrava a aliança Franco-Russa, firmada em 1891 entre Czar Alexandre III (1845-1894) e o Presidente da República Francesa Sadi Carnot. Alexandre III já havia morrido quando a primeira pedra foi colocada pelo seu sucessor, Nicolau II da Rússia, pela imperatriz Alexandra Fedorovna e pelo presidente Felix Faure, em 7 de outubro de 1896.
A construção desta obra foi confiada aos engenheiros Jean Résal e Amédée Alby, e o projeto decorativo aos arquitetos Cassien-Bernard e Gaston Cousin. A ponte é uma proesa da engenharia francesa do século XIX e teve que respeitar especificações rigorosas, que exigiam que fosse plana, para evitar a obstrução da vista dos Campos Elísios ou dos Invalides, e tinha que ser simétrica e decorativa. Está apoiada ao centro nos arcos que atravessam 107 metros de vão livre sobre o Sena, sem nenhum pilar de apoio, tem 45 metros de largura e três pontos de articulação, com dois túneis nas extremidades por onde passam as marginais do Sena.
Esta é a ponte mais ornamentada e extravagante de Paris, e faz parte do monumental conjunto arquitetônico que inclui o Grand Palais e o Petit Palais. Nela predomina o estilo conhecido como Beaux-Arts, mas os postes de iluminação, ricamente decorados, são de estilo Art Nouveau.
No alto dos quatro massivos pedestais de 17 metros de altura, imperam quatro enormes esculturas douradas da Fama, figura mitológica greco-romana que torna os heróis imortais, segurando o cavalo alado Pégasus. Na margem direita do Sena vemos a "Fama das Ciências" e a "Fama das Artes", obras de Emmanuel Frémiet. Nas bases, a "França contemporânea", de Gustave Michel e a "França de Carlos Magno", de Alfred Lenoir. Os grupos de leões são de Georges Gardet.
Na margem esquerda brilham a "Fama do Comércio", de Pierre Granet e a "Fama da Indústria”, de Clément Steiner. Nas suas bases, a "França do Renascimento", de Jules Coutan, e a "França de Luís XIV", por Laurent Marqueste. Os grupos de leões são de Jules Dalou. No centro dos arcos sobe o rio Sena, sobressaem as Ninfas douradas, obra de Georges Récipon.
A ponte aparece em numerosos filmes, como A View to Kill (1985) da série 007, com Roger Moore; Ronin (1998) de John Fankerheimer, com Robert de Niro e Meia-Noite em Paris (2011) de Woody Allen.