Paris Guia Logo

Termas de Cluny

Ruínas de banhos romanos no Musée de Cluny

imagem do Termas de Cluny - slide 1

PHGCOM

As ruinas visíveis desde o Boulevard Saint-Michel ou desde a rue du Sommerard, são remanescentes das monumentais Termas Galo-Romanas construídas a partir do século III em Lutécia, nome de Paris durante a dominação romana.

O conjunto que podemos observar hoje representa cerca de um terço do enorme complexo de banhos públicos. A ala mais preservada é a do enorme Frigidarium (onde as pessoas se banhavam em água fria), com muitos componentes arquitetônicos ainda em ótimo estado de conservação e também fragmentos de pinturas e mosaicos da época. Também são visíveis o Tepidarium, sala em que a água era morna, o Caldarium, sala de águas muito quentes e o gymnasium.

É provável que esse importante conjunto tenha sido construído pela poderosa guilda dos barqueiros de Lutécia, como sugerem as proas de navio esculpidas na decoração. Documentos históricos do século VI relatam que as termas foram transformadas em palácio real, onde viveu Quildeberto Iº, rei de Paris de 511 a 558 e, depois de sua morte, sua viúva e as filhas.

Como a própria cidade, o palácio deve ter sofrido sucessivos ataques, pilhagens e incêndios provocados por povos bárbaros. Paris foi sitiada pelos Vikings em 845, 856, 861 e 885-887. A região sul da cidade, onde estão as termas, foi incendiada em 978 durante o sítio de Otton II.

As partes mais bem conservadas das termas foram integradas ao Hôtel de Cluny e foram integradas ao percurso para a visita do Musée National du Moyen-Âge, o Musée Cluny, que conta com cerca de 20 salas.