O Théâtre des Champs Élysées, projetado por August Perret, foi aberto ao público em 1913. Seu ousado fundador, o vanguardista empresário e jornalista Gabriel Astruc, quis que o espaço fosse dedicado a apresentações de música e ópera contemporâneas, contrastando com instituições mais tradicionais como a Opéra de Paris.
A inauguração contou com alguns dos nomes mais importantes da música erudita francesa daquele momento conduzindo as suas próprias composições. Claude Debussy, Paul Dukas, Camille Saint-Säens e Hector Berlioz, entre outros, apresentaram-se na primeira temporada de concertos do teatro. Até hoje, o Théâtre des Champs-Élysées é um dos principais palcos de música erudita de Paris, a par da salle Pleyel, da Cité de la musique e da salle Gaveaue tornou-se sede da Orchestre National de France.
O edifício é um dos principais exemplos de Art Déco em Paris, mas quando foi concluído recebeu críticas por ter sido considerado extremamente simples. Hoje está classificado como monumento histórico e é tido como um marco da construção em concreto, uma opção que não foi meramente estilística, mas necessária, devido às condições do solo.
O prédio abriga três palcos e também um restaurante. O espaço principal tem o estilo dos teatros clássicos italianos e é destinado à música e à ópera, os outros dois, o Comédie des Champs-Élysées , no 3º andar, e o Studio des Champs-Élysées, no 5º andar, são reservados para peças de teatro.
O Théâtre des Champs Élysées também já foi palco de reações acaloradas da plateia, com gritos de protesto e sugestões quanto ao destino dos personagens em cena, quando, por exemplo, os espectadores se sentiram ofendidos pela encenação de um jogo de tênis no espetáculo Jeux, ou durante o sacrifício ritual em A Sagração da Primavera, de Igor Stravinsky.