Napoleão morreu no exílio no dia 5 de maio de 1821. Em 1815, ele havia perdido a histórica batalha de Waterloo (localidade situada na Bélgica) contra as tropas inglesas, russas e prussianas. Obrigado a abdicar, Napoleão foi enviado como prisioneiro para Santa Helena, uma pequena ilha perdida no Atlântico Sul, pertencente aos ingleses. Em seu lugar foi colocado no trono o rei Luís XVIII, que reinou até 16 de setembro de 1824.
Em 1840, para aproveitar a popularidade de Napoleão, o rei Louis-Philippe pediu permissão aos ingleses para repatriar o corpo. Após várias semanas de viagem, o caixão de Napoleão chegou a Paris. Em 15 de dezembro de 1840, durante uma grande cerimônia, o caixão de Napoleão foi depositado sob o Domo dos Invalides, em uma capela adjacente, porque a tumba ainda não estava terminada.
O arquiteto Louis Visconti (1791-1853) foi encarregado da obra. Primeiro foi cavada uma enorme cripta com 6 metros de profundidade e 23 metros de diâmetro. Como não tem cobertura, o público pode ver o túmulo do Imperador sem precisar descer. O sarcófago, em quartzito vermelho, tem quase 4 metros de comprimento, mais de 2 metros de largura e repousa sobre uma base de granito verde. Em seu interior há seis caixões: o primeiro de estanho, o segundo de mogno, dois de chumbo, o 5º de ébano e o 6º de carvalho.
No chão, os nomes das batalhas vitoriosas de Napoleão estão inscritos num mosaico. Doze estátuas de mulheres em mármore branco, chamadas Victoires, vigiam a tumba e uma galeria circular decorada com dez baixos-relevos em mármore, celebra o reinado de Napoleão.
Esses trabalhos se arrastaram durante vários anos e somente no dia 2 de abril de 1861 o sarcófago do imperador foi colocado onde é visto atualmente. Naquele momento, a França vivia sob o Segundo Império, com o sobrinho de Napoleão, denominado Napoleão III, como imperador.